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"Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam"

Viva & Adore

Vídeo em: entendes.blogspot.com

Fragilidade Cultural

As mulheres são as maiores vítimas de crimes passionais no Brasil. Pesquisas do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (Datasus) evidenciam que, entres 1997 e 2007, 41532 mulheres foram mortas vítimas de homicídio no país. A questão histórica e a bagagem cultural machista que foi imputada na sociedade criou um padrão de submissão da mulher em relação ao homem, o que muitas vezes favorece a ideia de poder e controle do sexo masculino sobre o feminino. Pode-se dizer também que a ineficiência da Lei Maria da Penha (que deveria proteger as mulheres) agrava o já alto índice de homicídio das mulheres.

A existência de uma sociedade patriarcal ao longo da história trouxe uma mentalidade sexista, de subordinação das mulheres e alto controle dos homens sobre elas. Com isso, apesar das conquistas femininas em um plano econômico e familiar, elas ainda sofrem a influência histórica que receberam, raramente ocupando cargos de gerência e tendo uma taxa salarial inferior.

A ineficácia da Lei Maria da Penha, que deveria combater os crimes hediondos que são acometidos contra as mulheres, facilita a propagação dessa herança cultural machista, uma vez que é falha em punir e , por isso, permite que mais casos surjam. Como prevê a sociologia, a punição é uma forma de controle e manutenção do sistema, consequentemente, se a punição não é exercida, pode-se dizer que este valor é inexistente para grande parcela da sociedade atual.

Assim, uma possível maneira de combater o problema de crimes passionais contra as mulheres seria alterar, aos poucos, a cultura que foi embutida na sociedade, transmitindo novos valores às gerações vindouras e alterar lentamente o machismo outrora imposto pela história.

Heloísa Dias

Hoje viajei para dentro do sol

Hoje viajei para dentro do sol.

Fui para a ilha que existe lá dentro

Dormi nas areias de sua praia

Mergulhei na imensidão do seu mar alaranjado.

Hoje vi no sol um escape

Vi um sol dentro do sol

Hoje encontrei meu destino alternativo

E mesmo aqui na Terra, estive no sol,

Sorri, encostei-me à palmeira, fechei os olhos.

Estive com você.

Hoje viajei para dentro do sol.

Onde estarei|?

Quero fugir.
Se não me encontrarem, saibam que fui para onde possa ver as ondas do mar, ou a correnteza do rio.
Se não me encontrarem, fui para onde o sol ainda nasce, para onde as plantas ainda florescem
Se não me encontrarem, fui para onde as árvores escondem-me do calor
Se não me encontrarem, fui para onde o ballet dos pássaros é eterno.
Se não me encontrarem, fui para onde a melodia é calma e tranquila.
Se não me encontrarem, fui para onde a chuva faz-me dormir a noite
Se não me encontrarem, fui para onde as palavras não são bruscamente caladas
Se não me encontrarem, fui para onde os sohos realizam-se
Se não me encontrarem, fui para onde o tempo não existe e a tarde de outono demora-se a ir
Se não me encontrarem, fui para as plantações de morango, para os cachos de uva doce
Se não me encontrarem, fui para o fim do arco-íris
Se não me encontrarem, fui para o cor-de-rosa do céu
Se ainda assim não me encontrarem, procurem-me sonhando.

PROCURO

Procuro um lugar silencioso

Procuro sorrisos reais

Procuro a sombra de uma frondosa árvore

Procuro a sintonia nos meus passos

Procuro uma melodia que combine com minha vida

Procuro meu olhar que se perdeu nessa cidade

Procuro a leve brisa que me alivia

Procuro as pedras que me fazem companhia

Procuro os sonhos que tiram da realidade

Procuro a realidade que me tire dos meus sonhos

Procuro a dança que eu consiga acompanhar

Procuro os sons que se confundem com os de uma queda d'água

Procuro os perfumes que as flores exalam

Procuro as borboletas que perderam suas cores

Procuro o mar que se escondeu de mim

Procuro a tranquilidade que se esvairiu

Procuro a paz de espírito que em mim não encontro mais

Procuro o sol que já se foi

Procuro as nuvens, mas elas também já foram levadas pelo vento.

Vento esse que também não senti.

Procuro as letras que se omitem diante de mim

Procuro as palavras que se recusam a organizarem-se para dar sentido a algo

Procuro enfim, tudo aquilo que se foi de mim.

Razão, sentimentos,fé?

As aulas de filosofia me inspiram... rs



Começamos a discutir sobre fé, razão e emoção... aquilo que se faz porque se tem vontade, em contraposição àquilo que é imposto.... esses pensamentos tomaram conta da minha cabeça o dia todo e então... decidi escrever... provavelmente não vai sair do jeito que gostaria que saísse, mas preciso ''botar'' tudo isso pra fora...e decidi fazê-lo por meio das letras, afinal, talvez ninguém queira ouvir tais devaneios.

O que seria fé? Definição bíblica: "Certeza das coisas que se não veem". É algo tão profundo que realmente inimaginável ao campo racional. Como posso acreditar piamente naquilo que não vejo?! É porém isso que traz ao ser humano o conforto, a certeza de que as coisas são como são porque "Alguém'' quis assim, e ponto final. Por outro lado, apesar de tão incompreensível, vejo que a fé, por vezes, faz mais sentido que a razão. Me perdoem os que creem de olhos fechados em teorias dos "Big Bangs'' e afins... mas é mais lógico pensar que um Ser Supremo - Deus - criou o universo, e seres tão complexos, do que imaginar que ele surgiu de uma explosão.. Preciso sim é de mais fé para crer que isso ocorreu. Além do mais, quem teria criado as condições que originaram o Big Bang? Toda a ciência é prova de que Deus existe, e que quer se relacionar com o homem. Até mesmo nas crenças, uma outra realidade, razões e emoções se confundem. Não consigo separá-las.
E a razão? Para mim, é este o conceito mais difícil de definir. Razão... talvez aquilo que posso ver? Aquilo que entendo, compreendo? Não sei. Ele se mescla as emoções em meus pensamentos e não consigo dividí-los. Fato social? Acho que é o que mais influencia na minha ''razão''... Será que faço o que faço porque quero ou será que faço o que faço porque fui ensinada a fazer? Complexo. Eu não sei definir o que sou eu, quem sou eu. Talvez um conjunto de tradições, de pensamentos alheios, de reflexões copiadas, atos imitados, aparência condicionada. Logo, não sou eu, sou um conjunto de outros ''eus'' que são conjuntos de outros 'eus' e assim por diante. Onde isso terminaria? Gostaria muito de compreender.
E por fim, emoções, sentidos... saudade, alegria, dor, pesar, raiva, olhares, toques. Tudo faz parte de mim. São algumas realmente boas, que me trazem sorriso real, outras traidoras, que fingem estar tudo bem - e isso me livra muitas vezes de falar o que realmente sinto. Normalmente, gosto disso -, outram que trazem aos olhos lágrimas. Somos afetados pelas emoções constantemente, até enquanto dormimos (- me recuso a pensar que os sonhos não são também compostos de emoçoes-), é possível, portanto, me livrar delas? desacredito.
Sou um amontoado de crenças, sensações, certezas incertas, sou o que me ensinaram a ser, mas com um pouquinho de uma individualidade misteriosa de cada um, sou questionadora, e talvez isso não me leve a respostas concretas de minhas indagações. Será que fui criada para compreender???

Marcar.

Sei que ainda é cedo para lamentar às portas da saudade, e da lembrança. Mas não consigo me libertar desses pensamentos...
As pessoas facilmente marcam a minha vida, e eu sinto falta delas. Tantos nomes, tantos momentos bons, tanta coisa aprendi.
Aprendi que as pessoas são os bens mais importantes na vida de alguém;
Aprendi que não há alguém sequer que não possa me ensinar algo, mas aprendi também que preciso estar disposta a ouví-los.
Aprendi que contemplar o nascer do sol é muito, muito bom. Mas aprendi que compartilhá-lo com alguém torna esse momento ainda melhor.
Aprendi que as pessoas que eu realmente amei e amo, continuam guardadas em meu coração, com todo carinho.
Aprendi que o tempo não perdoa, ele sempre vai levar em algum momento as pessoas que eu amo e que então preciso "gastar" tempo com elas agora, porque amanhã pode ser muito tarde.
Aprendi que saber que vou perdê-las me deixa ainda mais apreensiva..

Apesar disso,
aprendi que ainda tenho muito a aprender...
Mas que o que já me foi passado, deve ser guardado como um tesouro dentro de mim, porém não devo deixar de mostrar.

Valer a pena.

Confesso que não me agradou nada a idéia de ter que acordar mais cedo ainda do que já estava acostumada a acordar, porém ver os primeiros raios do sol nascendo me encantaram de uma forma tamanha que fez valer a pena o sacrifício.

Passo todos os dias na frente de um "conjunto" de árvores, se é que posso dizer assim, e aqueles raios passando por entre os galhos das árvores me deixaram encantada.

Antes disso ainda, levanto-me quando as estrelas ainda brilham e a lua ainda se impõe sobre o céu azul escuro dessas noites quentes de verão.

Eu descobri que nem o sono é tão bom quanto observar as coisas mais lindas da vida. Algumas coisas que fazem o dia valer mais a pena !